Tempos Distintos
Parei o tempo cronológico de tudo,
Tornei estático meu relógio biológico,
Paralisei minha vida, tornei-me mudo,
Adormeci no meu tempo mitológico.
E o tempo em sua vida faz morada,
Acelerado em sua ansiedade,
Não espera a lentidão do meu relógio,
Onde os ponteiros ainda estagnados...
Tempos distintos, ainda que tão vivos,
Que se cruzaram num segundo certeiro,
São dois tempos unificando duas vidas,
São dois tempos se tornando prisioneiros,
Buscando a sincronia dos ponteiros,
Transformando em um só tempo, dois inteiros...
Marco A. Alvarenga